Chegou-me por via direta uma história interessante.
Em contato pela internet, um rapaz conhece uma garota, ambos chegando aos 30.
A garota logo o convida para sair, para verem um show juntos. O rapaz tinha compromisso profissional para o dia, não deu certo.
À medida que foram se conhecendo - teclando -, apesar de o rapaz ser muito gente boa e estar rolando uma "química", ou, melhor, um encontro de interesses e afinidades, a menina tinha sonhos não realizados, como o de ter filhos.
Foi quando o rapaz disse que nunca tinha pensado a sério nisso, mas que, quando está apaixonado, isso lhe vem à mente, apesar de não estar racionalmente convencido.
A garota emudeceu.
Eu ouvi e li essa história, e ficou claríssimo para mim a total imaturidade da garota. Em vez de fazer o rapaz se apaixonar e convencê-lo a, no futuro, terem um filho, ela preferiu a via fácil de dispensá-lo.
Como se, aos 30, ela fosse achar muitos homens sérios desejando ter filhos mais do que esse rapaz queria.
Como se a afinidade que eles mostraram se encontrasse em qualquer esquina. Tanto não se encontra que eu até invejei.
Como se, mais importante do que buscar o amor de um homem, fosse buscar dele um filho.
Como se a decisão de ter um filho fosse, de fato, racional.
Respeito a moça. Só acho que, se ela queria filho, buscasse a produção independente ou uma adoção, e não fingisse priorizar a busca pelo amor do rapaz.
Mesmo para quem já queria sair antes de conhecer, o sumiço repentino dela foi coerente. Coerente com a falta de maturidade. Coerente com o desconhecimento do AmorAmigo.