Quando a gente quer conviver com alguém, precisa aprender a tolerar, a aceitar o outro, sem que, com isso, se diminua. Ao contrário: o objetivo é o crescimento mútuo.
Por isso, gosto de gente que diz gostar de gente. O problema é quando, na prática, a pessoa não gosta de gente.
Conheci uma pessoa do tipo. Para mim, dizia horrores das coisas às quais se submetia para se enturmar, sempre sem necessidade.
Porque, afinal, enturmar-se só vale a pena quando é agradável. O resto pode limitar-se ao convívio social, de praxe.
Ora, isso não é gostar de gente. Ao contrário, isso é odiar gente e se ver impelido a conviver por uma razão que eu não sei, neste caso, qual era. Porque não era para crescer na empresa, não era para agradar, puxar saco, ganhar dinheiro, ficar feliz, nada disso.
Quando questionei a pessoa sobre o comportamento dela – às vezes, quando acho que a pessoa pode entender o meu ponto de vista, questiono – ela me respondeu que ninguém deve ser forçado a uma convivência que não deseja, e ainda fez referência ao nosso convívio, alegando que ele deveria chegar ao fim!
Pois é. Neste caso, só confirmei que a pessoa não gostava de gente. Afinal, o contraditório lhe incomodava. Faltou maturidade para ver que o outro pode ser tudo, menos igual à gente. E maturidade para ver quais relações realmente lhe eram importantes na vida.